Minha mãe e meu pai |
Hoje, 30 de Dezembro de 2012, fui
ao cemitério municipal aqui da minha cidade para limpar o túmulo onde o corpo
da minha mãe foi sepultado há um ano e quatro meses. Era mais ou menos sete
horas e alguns minutos da manhã desse domingo e sem o barulho dos carros pelas
ruas que circundam o cemitério o silêncio era absoluto, literalmente um silêncio
sepulcral. Lavei o túmulo, coloquei terra nos vasos e joguei fora as flores
velhas e secas e parei ao observar que aquele silêncio falava comigo. Sim,
aquela falta total de sons e eu ouvindo o silencio me pedindo uma oração. Ora,
eu não sei orar e nem sei se creio em Deus, mas sentindo a força daquele pedido
eu me vi balbuciando algumas palavras ao Deus cristão, afinal eu venho de uma
família cristã e se tivesse que orar só podia ser a Jesus Cristo. Pedi, é o que
mais sabemos fazer, para que se houver uma vida além dessa, se Deus realmente
existe e se há um céu ou paraíso para onde se pode ir após a morte aqui na
terra, que tome conta da minha mãe porque se eu conheço ou conheci alguém que
merece o céu, na minha avaliação, essa é a minha mãe.
MVCarlos
Puxa, Manoel seu texto é emocionante. Meu pai tem essa função de cuidar do jazigo da família e já me responsabilizei em tomar a incumbência pra mim quando ele partir, porque penso ser um gesto de atenção e carinho com quem já se foi, embora algumas pessoas não pensem assim. Não faz diferença se acredita em Deus ou se não sabe rezar....tenho certeza que a sinceridade de seu balbucio chegou certamente aos ouvidos de quem haveria de chegar. E creio que ela está bem cuidada esperado os que amou.
ResponderExcluirUm abraço!