Eu fico observando meu filho pequeno e meus dois netinhos
brincando felizes diante de um vídeo game e meu pensamento corre ligeiro para
um tempo em que a criança era eu. Naquele tempo não havia essas coisas modernas
de hoje e eu não sou retrogrado a ponto de não dar importância a elas. Iphone,
ipad, celular que faz tudo, vídeo game com acesso direto à internet e a própria
internet que é um negócio fabuloso, mas como esquecer o meu carrinho de rolimã com o qual eu descia o “morro do Don Bosco”, quase sem freio? Como não lembrar
com saudade aquele bando de moleques com seus piões coloridos, disputando uma
cela? Lembro-me bem das brincadeiras de esconde-esconde, papai e mamãe com as
amiguinhas, as disputas acirradas das birocas* com nossas bolinhas de gude, mas o
mais importante de tudo isso é não precisávamos ficar preso dentro de casa ou
ter que ir a um shopping para podermos brincar. As ruas eram nossos territórios
e eram livres de seqüestro, estupros, e o risco de ser atropelado por um
motorista bêbado era quase nulo. Não dá para discordar que o moderno e a
tecnologia avançada de hoje são ganhos importantes para a humanidade. Nos dias
atuais, apesar dos riscos existentes, as pessoas vivem mais, existem remédios
para quase todas as doenças e a medicina a cada dia descobre um novo
medicamento para adiar ainda mais a morte do homem, mas olhando o meu filho e
os netinhos, gritando, brincando com o vídeo game eu fico a me perguntar quem
de nós, ao final, terá tido a infância mais feliz?
*Pequenos buracos feitos no chão.
Manoel
OLA. TUDO BLZ? ESTIVE POR AQUI E GOSTIE. MUITO INTERESSANTE. CONCORDO COM VOCÊ. O QUE TEMOS QUE FAZER? É APROVEITAR E IR NAS ONDAS DELESPARA VER ONDE VÃO CHEGAR E FREIA-LOS SE FOR PRECISO. APAREÇA POR LA. ABRAÇOS.
ResponderExcluirCreio que é relativo, pois pontos de vista divergem-se.
ResponderExcluirMas Teu lembrar nostálgico, trouxe o meu... tocou-me profundamente,
Apesar de menina também brinquei de carrinho de rolimã, amarelinha,
Gude,três soltos, bonecos de barros depois da chuva...essas brincadeiras que hoje se comentares algum miúdo ele já não percebe bem do que falamos.
Com essas brincadeiras interagíamos mais uns com os outros de forma mais próxima propiciando o clor do toque e o movimentar não só da alma, mas do corpo também.
Mas fazer o que Querido Amigo Manoel?
A vida vai adiante...o tempo urge! E lá vamos nós seguindo a malta, estradas dos dias afora.
Sempre digo...enquanto nós tivermos alguém que lembre-se de nossa meninice ainda seremos crianças... a partir de momento que não mais quem o lembre
Então a velhice chegou...Que seja bem vinda! Tributo de vitória.
Ficamos felizes com tua presença, e felizes por aqui estar.
Um grande abraço e até breve.
meu pai me conta muitas hist d quedas no rolimã^^ obrigada por seu voto!!!!!!!!! bjssssss
ResponderExcluirOlha, Manoel, eu também valorizo o avanço tecnológico estupendo que ocorreu nos últimos 20, 30 anos. Todavia, eu creio que as crianças perderam um pouco a oportunidade de vivenciar a própria infância, aquela coisa mais descontraída, o contato com outras crianças, as brincadeiras de rua... Sinceramente, eu presenciei meus filhos com a cara enterrada na frente do monitor (ou da TV) e senti saudades dos meus tempos, quando pulava cordas, brincava de esconde-esconde, amarelinha... Compartilho com vc esse sentimento e...se for saudosismo, que seja, podem chamar do que quiserem, mas que eu acho que a minha infância foi mais saudável do que a dos meus filhos, isso eu creio mesmo que tenha sido!
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Um grande beijo!