Sentado num banco de uma praça sem ter o que pensar, fico olhando o tempo passar. Passa um ônibus. Seu motorista parece apressado sem se importar com as pessoas que vão em pé e que quase caem numa freada brusca. Passa um casal, beijando-se apaixonados quase tropeçam no meu pé e seguem como se nada mais existisse ao seu redor. Passa uma senhora bem velhinha com passos lentos, pesados por carregarem o peso da vida, parece triste, mas me cumprimenta com um aceno e um sorriso, que retribuo. Os pardais se recolhem aos ninhos, as copas das árvores da praça, e fazem uma grande algazarra e eu não sei se é uma festa ou uma briga coletiva. A noite é fria, estamos no outono, e o vento sopra gelado. Sinto que até mesmo as árvores e flores da praça estão pedindo uma blusa, um casaco ou mesmo um cobertor. Ao longe, não tão longe, visualizo uma mãe brincando com seu filhinho, parece que não estão sentindo o mesmo frio que eu e as árvores, pois estão sem agasalho algum. Brincam despreocupados, até que chega o pai, provavelmente, e de onde os vejo aparenta que ele ficou zangado por encontrá-los sem a devida proteção contra frio.
As ruas que circulam a praça vão ficando solitárias e vazias. As lojas e outros comércios fecharam suas portas e agora o movimento é só na avenida principal, cheia de carros e ônibus lotados de gente cansada que pensa somente em chegar logo às suas casas.
Minha hora também já venceu, é hora de ir para a minha casa, quentinha, confortável e cheia de amor de uma família que amo muito. Quem sabe outro dia eu volte a essa praça para mais uma vez ver o tempo passar.
As ruas que circulam a praça vão ficando solitárias e vazias. As lojas e outros comércios fecharam suas portas e agora o movimento é só na avenida principal, cheia de carros e ônibus lotados de gente cansada que pensa somente em chegar logo às suas casas.
Minha hora também já venceu, é hora de ir para a minha casa, quentinha, confortável e cheia de amor de uma família que amo muito. Quem sabe outro dia eu volte a essa praça para mais uma vez ver o tempo passar.
Manoel V Carlos
2012
2012
Oi, Manoel, sempre fui observadora, mas ando precisando do ócio criativo que é estar em um lugar qualquer simplesmente a observar a vida como corre, para cada um, com suas peculiaridades. Um abraço!
ResponderExcluirManoel, pude perceber, atraves de sua franca narrativa, o que voce observou e descreveu. Quando me permito parar um pouco, sinto até algo esquisito dentro de mim, porque é tão bom olhar para a vida, observar as pessoas, as similaridades e tambem as diferenças para dar o devido valor ao que sou e tenho.
ResponderExcluirBeijos