Eu, como vocês já sabem, sou um saudosista
de mão cheia. Gosto de lembrar do passado, das músicas antigas, dos circos,
parques de diversões, das peladas nos campinhos de terra, do correr
despreocupado pelas ruas sem ter medo de ser atropelado, e muitas outras coisas
que vivi no meu tempo de criança. Pois bem, nessa época funcionava em casa, na
casa da minha mãe, um Serviço de Alto falante, para quem não sabe, esses
serviços de alto-falantes equivaliam ao que é hoje as radios comunitárias. Lá se
fazia comerciais das lojas do bairro, dos armazéns. Era também por intermédio
do alto falante que sabíamos dos aniversários, casamentos, falecimentos. Esse, que eu conheci por dentro, tinha um
grande acervo de discos, que o locutor cuidava com muito carinho até porque,
acho, que eram todos dele. Essa pessoa hoje trabalha numa emissora de rádio
local e seu programa não podia ter outro tema que não a saudade, e se não me
engano, o nome do programa é *Saudade não tem idade. E não tem mesmo! Tenho três
filhos, dois adultos e um com nove anos, e eles já falam com saudade das coisas
boas que aconteceram com eles. Imagine então eu, que não tenho
saco, sem ter nada contra quem gosta, para ficar ouvindo funk, sertanejo
universitário, Justin Bieber, então fico me lembrando desse tempo do alto
falante, e me recordo de lá ter conhecido o Barnabé que como outros artistas
que se apresentavam nos circos que eram montados no bairro, usou do Serviço de
Alto Falante do Jardim Paulista, para promover seus shows.Foi assim, que aprendi a gostar de samba, boleros, tangos, sertanejo, samba canção. Na verdade o sertanejo e a moda de viola eu aprendi a gostar foi com a minha mãe, que acordava as quatro da manhã e, para não perder a hora de ir para o trabalho, ligava o rádio na Radio Clube de São José dos Campos, porque o locutor, José Pereira Salles falava a hora depois de cada música tocada.
*O nome do programa é Conversando com a Saudade, apresentado pelo locutor José Aparecido na Rádio Piratininga de São José dos Campos
Imagem do Blog de Juarez Morais Chaves |
Essa postagem é uma homenagem à minha mãe, que faleceu dia 17 de agosto desse ano e também ao José Aparecido, locutor do Serviço de Alto Falante do Jardim Paulista e ao locutor da Rádio Clube, Zé Pereira, já falecido.
Também estou nessa fila de saudosos, meu amigo.
ResponderExcluirEu e o Profex vivemos retomando achados imperdíveis que estão bem longe da nossa atualidade e nos pegamos frente as mais belas recordações.
Abraços
Manoel, que maravilha... À medida que ia lendo, ia imaginando esse auto falante a tocar discos e a relatar notícias, enquanto pequenos aglomerados de pessoas paravam para ouvir e comentar.
ResponderExcluirTambém gosto de recordar, mas penso que sem saudade.
Abraços!
Pois é Manoel, eu tenho no meu curriculum de trabalho essa de locutor de alto falante, isso foi a muito tempo uns 40 anos atrás num bairro que morei durante 22 anos aqui em Ssa. E como você também um saudosista de carteirinha, e as brincadeira e as músicas daquela época ficaram até hoje em meus dias de vida.
ResponderExcluirPs. agradecemos por sempre está em nosso espaço comentando, estivemos fora da rede por alguns dias por problema em nosso computador, mais agora está tudo bem.
Abraço
Ai Manoel,
ResponderExcluirConfessando as velhidades...
Saiba que aqui ainda se avisa na igreja local, eventos.
Mas de resto, ficou saudades.
Nelson, Xico alves, e outros foram a transição que vivi.
Bom seria se "memoriais" fossem captação do passado em nossas mentes congelando seu pensar...
Curtimos o Barnabé depois de tantos anos.
Muito bom!
Contigo nestas saudades, e sempre!
q legal manel! fiquei aqui imaginando, poxa é gostoso relembrar né... mas tb é triste.. sei lá rsrsrs bjssss
ResponderExcluirOlá Manoel, tempinho bom né?
ResponderExcluirLegal achar mais alguém de SJCampos.
Voltarei mais vezes.
Um abraço.